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Minhas histórias 4

Oii gente! Como estão? Tudo bem com vocês? Aqui eu deixo mais uma história que com certeza é tão boa quanto as outras! ^^ Nessa história, eu sou a irmã mais velha de Ed e Al, e tenho 17 anos! \(^.^)/ Sou estudante de medicina e também sou independente! Viva eu! Bom, sem mais delongas: eis a minha obra! (ATENÇÃO: Essa história foi criada por mim e exclusivamente por mim e não tirei essa ideia de nenhum do episódios de FMA, espero que gostem!)

O ladrão - Full metal contos por Amanda

Eu estava, como sempre, fazendo alguns desenhos do Edward e do Alphonse, quando de repente, Alphonse entra na sala gritando:

“Nee-chan, o Ed está na delegacia!” Quase caí da cadeira ao ouvir essa notícia.

“Delegacia?! Meu Deus, o que vocês aprontaram agora?” Eu disse, imaginando a muvuca que meu irmão desmiolado iria fazer com os outros detentos.

Eu e Al corremos para a delegacia. Eu estava soltando fogo pelas ventas, quando ouvi a voz de Ed gritando:

“Me larguem! O que pensam que estão fazendo, seus policiais estúpidos?! Eu sou um alquimista federal!” Ed gritava e esperneava.

“Calado, ou posso prendê-lo por desacato à autoridade!” Disse o policial, nervoso.

“Pode deixar isso comigo agora, oficial.” Eu disse. Olhei para Ed, que ao me ver soltou um suspiro.

“Ah, que bom que você chegou! Esses tiras não estão me dando paz.” Eu o encarei por um minuto. Ele se assustou.

“Policial, quais são as acusações?” Eu perguntei ao oficial, com uma voz séria e firme.

“Esse garoto foi acusado de furto de joias, dinheiro e comida.” Disse o oficial, segurando meu irmão pelo braço.

“Edward, isso é verdade? Olhe nos meus olhos e me diga.” Eu falei com ele, seriamente. Nesse momento, eu estava olhando profundamente naqueles olhos dourados penetrantes.

“Não. Eu sou inocente!” Disse Edward, seriamente pra mim. Ele sabia que não conseguiria mentir pra mim, se eu o encarasse profundamente nos olhos. E eu vi que sua afirmação era verdadeira, e disse:

“Caro policial, eu creio que o meu irmão não tem sequer o motivo para roubar as coisas que o senhor o está acusando de ter roubado. Como ele mencionou, ele é um alquimista federal, e por isso ganha muito bem. Sem mencionar o fato de que ele e o meu irmão caçula, Al, sempre andam junto comigo, e ninguém os conhece melhor do que eu. Por favor considere esse argumento.” Ed olhou pra mim surpreso. Ele nunca tinha me visto falar daquele jeito antes. O policial olhou pra mim e disse:

“Olhe mocinha, está nos nossos registros que um garoto loiro assaltou uma joalheria, um banco e uma lanchonete. Não temos argumentos pra isso!” O policial falava seriamente.

“Provas?” Eu perguntei, começando a ficar preocupada.

“Temos testemunhas que dizem claramente que ele era loiro, alto e usava alquimia.” Eu quase ri quando ouvi o “alto”, mas mantive a seriedade.

“ Moço, como pode ver o meu irmão não é alto. Ele pode ser loiro, mas muitos outros garotos também são loiros. A que horas ocorreu o roubo?” Eu perguntei, mantendo a seriedade.

“Hoje de manhã. Encontramos esse jovem indo para a biblioteca, próximo ao local do crime.” Ele estava encarando Ed, que não falava nada e fazia uma cara feia.

“A sua afirmação é impossível, porque, durante o horário do roubo, eu e meus irmãos estávamos tomando nosso café da manhã, na padaria Pamilac.” Eu disse, deixando escapar um suspiro de alívio. “Nós temos testemunhas. Pode perguntar ao padeiro.”

“Sim. Acho que devemos confirmar isso.” O policial disse. “Talvez ainda haja esperança para você, mocinho!” Disse o policial olhando Ed feio. Ed apenas relaxou e deixou que eu cuidasse de tudo.

Acho que o padeiro não ficou nada feliz de virar uma testemunha, mas ele explicou ao policial que durante o horário do roubo, o Ed, o Al e eu estávamos comendo rosquinhas polvilhadas e tomando café(Claro, o Ed e eu comemos as rosquinhas, já que o Al não pode comer...). O policial, depois de ter presenciado uma testemunha a nosso favor, apenas pediu para que eu confirmasse a patente dele como alquimista federal. Eu liguei para o Roy do celular e expliquei a nossa situação. Ele riu do outro lado da linha e explicou ao policial que Ed era mesmo um alquimista federal. Depois foi só mostrar o relógio e pronto! A mágica foi feita! Cara, quem iria imaginar que eu, tendo apenas 17 anos, já consegui tirar o meu irmãozinho do xilindró? Isso com certeza vai pro meu Blog.

O Ed, depois que saiu de lá, estava pê da vida, chutando latinhas e pedrinhas em seu caminho. Al olhou pra mim, surpreso, e disse:

“Nee-chan, você foi brilhante! Nem eu teria conseguido falar daquela maneira com o policial! Se você não tivesse aparecido... O Ed poderia ter se dado mal!” Al estava ainda pasmo com o jeito com que eu lidei com o policial.

“Aquele policial idiota... Eu devia processá-lo.” Ed estava furioso por ter sido confundido com um ladrão. Eu suspirei e disse:

“De nada, Ed.” Ele olhou pra mim espantado e disse:

“Ah, me desculpe! Você foi incrível! Obrigado mesmo. Acho que não iria ter todo esse poder de persuasão. Já pensou em virar advogada?” Ed disse, sorrindo pra mim. Eu retribuí seu sorriso e disse:

“Não, não, Ed! Eu já disse que quero ser veterinária, escritora e desenhista, não disse? Afinal, quero ganhar a vida fazendo o que gosto. Mas advogada não parece má idéia... vou pensar.” Alphonse sorriu e disse:

“Nee-chan, você tem potencial para qualquer tipo de emprego! Pode ser o que quiser! Ajudarei no que precisar!” Al parecia entusiasmado.

“Obrigada, Al! Cara, eu não consigo viver com vocês, mas não sobrevivo longe de vocês, então como eu vou viver?” Eu disse, rindo. Ed sorriu e disse:

“Bom, pediu e agora vai ter que aturar!” É mesmo! Fui eu que pedi para a mamãe pra ter um irmãozinho. Ô ironia maldita... Mas eu adoro ter eles por perto, então tudo bem! Que seja!

Depois desse incidente chato que demorou 4 horas e meia de relógio, eu estava com a garganta seca de tanto argumentar com aquele policial cabeça-dura. Então eu disse aos meninos:

“Vou comprar um sorvete ali e já volto.” Ed correu atrás de mim e me disse:

“Pode deixar que eu pago, irmãzinha, como agradecimento.” Olha só quem estava me chamando de “irmãzinha”. Aí eu disse:

“Não precisa se preocupar com isso. Eu pago.” Então, quando eu ia tirar o meu cartão de crédito da carteira, ele empurrou minha mão e disse:

“Apenas aceite e aproveite, sua boba.” Então fomos até o Bobs, e eu pedi um Milk-shake ovomaltine, que ele pagou com prazer. Olhei pra ele e ofereci.

“Quer?” Perguntei, oferecendo-lhe o Milk-shake.

“Não, obrigado.” Pela cara dele, eu sabia que ele estava morrendo de vontade, mas não queria ceder, aí eu sorri e disse:

“Apenas aceite e aproveite, seu bobo.” E ofereci novamente. Dessa vez ele sorriu e tomou um pouco, fazendo uma cara de prazer. Eu sabia que ovomaltine era seu sabor preferido!

Estávamos caminhando de volta ao hotel, quando eu disse, enquanto tomava um gole de Milk-shake:

“Mas e quanto ao tal ladrão? Não podemos simplesmente ignorar isso...” Ed fez uma cara zangada, e ironicamente disse:

“Se aquele policial é tão bom pra investigar quanto é pra incriminar, vão achá-lo logo, logo.” Al olhou pra mim e disse:

“Ela está certa, Nii-san. Não podemos simplesmente ignorar um ladrão que usa alquimia...”

“É mesmo! Não posso permitir que a alquimia seja usada pra roubar as pessoas!” O tom de Ed mudou rapidinho quando Al disse que o ladrão usava alquimia...

“Posso pedir ao senhor Hughes uma ajuda.” Eu disse. “Aposto que ele sabe sobre esse ladrão.”

“Certo, e eu e o Al vamos a delegacia para pedir informações aos policiais. Nos encontramos no final do dia, na padaria.” Ed disse e assim, nós nos separamos.

Eu fui primeiro à casa do senhor Hughes, onde esperava encontrá-lo a essa hora da tarde. Eu toquei a campainha, e foi Elysia que atendeu. Eu sorri e disse:

“Elysia, à quanto tempo!” Ela ficou radiante e disse:

“Nee-chan! Que legal, você veio nos visitar?” Ela me abraçou e eu me ajoelhei e lhe dei um beijo na testa.

“Onde está o seu papai? Preciso falar com ele. É urgente.” Eu disse, sorrindo.

“Ele está na sala! Pode entrar, Nee-chan!” Ela me respondeu. Eu acho tão fofo o jeito que ela me chama! Só ela e o Al me chamam assim. Eu entrei e vi o senhor Hughes sentado no sofá. Quando ele me viu, ele sorriu e disse:

“Amanda! Que bom que você veio! A Elysia está muito feliz, por isso pensei que era uma visita muito importante! O que te traz aqui?” Ele sorriu e abriu espaço para eu sentar.

“É que eu preciso de sua ajuda, senhor Hughes, o senhor sabe alguma coisa sobre o ladrão que roubou a joalheria, o banco e a lanchonete?” Eu perguntei diretamente. A expressão dele ficou séria.

“Bom, só sei que ele é loiro, alto e usa a alquimia. Porque quer saber?” Eu ri novamente do “alto” e disse:

“É porque o Ed foi confundido com esse tal ladrão, e tive muito trabalho pra tirá-lo da delegacia... Sabe de mais coisa?” Senhor Hughes olhou pra mim, surpreso, e disse:

“Só sei que esse carinha vem me dando muito trabalho... Já não basta o Scar e os outros, e agora mais esse aí...” Ele parecia preocupado. Suspirou e disse:

“Dizem que ele é mestre em se disfarçar. Ele assaltou a joalheria fantasiado de senhora, o banco fantasiado de vigia noturno e a lanchonete de funcionário público. É bom ter cuidado com esse aí, pois ele carrega um revólver consigo.” Eu não sabia disso! O Ed pode estar em perigo! Um ladrão que usa alquimia e ainda leva uma arma? Putz, a coisa ta feia...

“Ai Caramba! Eu não sabia! O Ed foi falar com os policiais e investigar, e ele não sabe disso! E se ele acabar encontrando o ladrão? E se...” Eu parei por um minuto. Eu estava desesperada! O meu irmãozinho estava lidando com um ladrão profissional, que era mestre dos disfarces e carregava uma arma! O senhor Hughes entendeu a minha aflição, e disse:

“Não se preocupe com o Edward. O Alphonse está com ele, não está? Vai dar tudo certo, viu?” Ele disse e passou a mão por meus cabelos. Eu suspirei e disse:

“Desculpa, mas não deu pra deixar de cogitar a hipótese... Enfim, alguma outra informação? Tem idéia de onde será o próximo roubo?” Eu disse, mais relaxada, mas ainda séria.

“Ouvi dizer que o ladrão se interessa muito por videogames. O próximo roubo pode ser no fliperama ou na Saraiva, mas não temos certeza ainda.” Disse o Senhor Hughes. Cara, mas que garoto não se interessa por videogames? Digo isso porque nós três também temos um Playstation 2, e jogamos quando temos tempo(e que por acaso nenhum deles conseguiu quebrar o meu recorde no jogo Mario Kart!).

“Obrigada, senhor Hughes! Isso já é suficiente! Obrigada mesmo!” Eu disse entusiasmada. Antes de sair, a Elysia me puxou pela mão.

“Aaah, Nee-chan! Já vai?” Ela parecia triste. Eu sorri, me ajoelhei, beijei sua testa e disse docemente:

“É que hoje eu estou com pressa, porque o Ed pode estar com problemas. Ele é muito travesso! Mas eu prometo que outro dia eu te pego e vamos à sorveteria, que tal?” Ela parecia radiante! Ela olhou para o pai e disse:

“Que legal, papai! Posso ir?” Ele olhou pra ela, sorriu e disse:

“Mas é claro que pode!” Ela deu pulos de alegria e disse:

“Eu te amo, Nee-chan! Promete que vem?” Eu me comovi com aquelas poucas palavras, abracei ela e disse:

“Prometo.” Elysia era a menina mais fofa do mundo! Era o meu xodó na casa do senhor Hughes.

Eu precisava dizer ao Ed o que descobri, antes que fosse tarde demais. Ele não sabia nem da metade, por isso eu estava muito preocupada. O Sol já estava se pondo, então me dirigi a padaria. Quando eu cheguei lá, sentei em uma mesa e esperei. Depois de se passarem 20 minutos, eu estava ficando preocupada, quando alguma coisa tapou os meus olhos.

“Adivinha quem é?” A gente tinha essa mania de brincar de “adivinha quem é”, e eu senti que tinha duas mãos diferentes. Aí eu brinquei:

“Deixa eu ver... Winry? Não. Senhor Hughes? Major Armstrong? Nãão... Den, é você?” Eu ri. “Aaah, já sei! Ed e Al?”

Quando vi as mãos saindo dos meus olhos e vi os dois atrás de mim, senti um alívio. Então eles riram e perguntaram:

“E aí, conseguiu alguma coisa?” Eu sorri e disse:

“Mais do que vocês imaginam! Sentem que eu conto tudo.” Então eles sentaram e começaram a contar o que aconteceu na delegacia.

“Quando chegamos lá, aquele policial chato me perguntou ‘o que vocês estão fazendo aqui?’ e eu disse que queríamos ajudar com o caso do ladrão, e ele disse que eles estavam procurando pistas daquele tal ladrão...” Ed disse, e Al continuou:

“ Eles disseram que ocorreram alguns problemas, devido a falta de verba para os equipamentos de pesquisa, mas que estavam fazendo de tudo para localizar o local do próximo roubo, que por enquanto não sabiam nada. Eles disseram que o resto das informações eram confidenciais, e nem o Ed mostrando o relógio conseguiu as informações.” Al e Ed pareciam desapontados. Aí eu sorri e disse:

“Então eu acho que a minha busca foi muito mais produtiva que a de vocês. O senhor Hughes me disse que esse bandido vem dando muito trabalho pra ele, e que ele é um mestre dos disfarces. O bandido se fantasiou de senhora para roubar a joalheria, de vigia noturno para roubar o banco e de funcionário público para a lanchonete. Ele também disse que o ladrão leva um revólver consigo, por isso fiquei preocupada com vocês...” Eu disse, pausando por um minuto. Ed e Al sorriram, pois sabiam o porque de eu ter me preocupado com eles. Então continuei:

“Enfim, o senhor Hughes disse que o ladrão parecia gostar muito de videogames, e por isso o local do próximo roubo pode ser no fliperama ou na Saraiva. E isso foi tudo que eu descobri.” Ed sorriu, se levantou e disse:

“Ótimo! Isso já é suficiente para nos movermos! Vamos ter que nos separar de novo. Você e o Al vão até a Saraiva e eu vou ao fliperama! Se o ladrão aparecer na Saraiva, ligue pro meu celular, e vice-versa.” Ed parecia entusiasmado. Aí eu disse a ele brincando:

“Só não fique jogando lá e esqueça do mundo, viu?” Então ele rebateu, dizendo:

“E você também não fique lendo os livros e se esqueça do mundo, viu?” Touché. E sorri e disse:

“Ok, Ok...” Eu sabia que era distraída, mas iria me concentrar.

Aí eu e o Al fomos até a Saraiva, e eu fiquei prestando atenção em cada pessoa suspeita, até que eu não me contive quando vi.

“Olhe, Al! Já lançaram o livro Poderosa 5! Ai, eu queero...” Eu amava os livros Poderosa, mas o Al disse:

“Nee-chaaan...” Com um ar de reprovação. Eu olhei pra ele sem graça e disse:

“Desculpa, desculpa. Mas não consegui resistir! Vou me concentrar.” Ele sorriu e disse:

“É assim que se fala!”

Aí continuamos a olhar os livr... Digo, as pessoas suspeitas, quando meu celular toca. Era o Ed! Eu atendi e só ouvi o Ed falar:

“ Mana, o ladrão veio pra cá! Venham rápido! Cuidado! Ele...” Sua voz foi abafada por um tiro, e não ouvi mais nada.

“Ed? Ed! Por favor responda! EDWARD!” Então ele desligou. Eu estava com medo e disse seriamente para Al:

“Vamos, Al! O Ed está com problemas!” Eu estava preocupada, então fui correndo.

“Nee-chan, o ladrão foi pra lá?” Al perguntou, surpreso.

“Foi sim, Al, e eu estou com um péssimo pressentimento... Tomara que esteja errado.”

Nós corremos até o fliperama, quando eu vi, o Ed estava com o braço esquerdo sangrando. Ele havia levado um tiro! Meu pressentimento estava certo! Nesse momento, eu estava morrendo de ódio e olhei pro ladrão, que estava apontando a arma para eu e o Al. Nesse momento, para dar uma chance ao ladrão, eu disse:

“Olhe, moço, o senhor pode se entregar por bem, ou pode ir por mal. Escolha.” Mas é claro que ninguém nunca se entrega por bem... Então ele atirou em mim, mas Alphonse foi mais rápido, se colocando na minha frente no último segundo, ricocheteando a bala que atingiu a perna do ladrão. Ele se jogou no chão, gritando de dor, aí eu disse:

“Então vai ser por mal.” Eu disse. Eu estava usando o meu anel, que tinha um círculo de transmutação desenhado nele(eu que o encomendei), para transmutar uma planta que estava na sala, e prendi o ladrão em seus cipós. Aí , depois de imobilizá-lo, eu disse a Al:

“Al, pode fazer as honras.” E então fui ver o braço de Edward. Eu estava estudando medicina na faculdade, e aprendi algumas coisas sobre tiros e como retirar balas. Então eu disse:

“Ed, vamos pro hotel. Preciso do meu Kit de primeiros Socorros pra tratar do seu braço. Al, você poderia cuidar do ladrão pra mim?” Al olhou pra mim e disse:

“Pode deixar esse ladrão comigo. Vai cuidar do Ed!” Al disse, estalando os dedos.

“Vamos, Ed.” Eu disse, levando ele para fora do perigo.

Ao chegarmos no hotel, eu peguei o meu Kit de primeiros socorros, peguei uma pinça e a esterilizei, e falei para Edward:

“Isso vai doer, mas preciso que seja forte. Como o tiro foi no ombro, a bala pode não ter penetrado muito fundo, mas para retirá-la, será preciso abrir com cuidado o local, e tirar a bala com mais cuidado ainda, entendeu?” Eu disse a ele. “Você pode morder um pedaço de couro se quiser... Ajuda a suportar a dor.” Ele parecia preocupado, mas disse:

“Tudo bem. Eu confio em você. Pode fazer.”

Eu primeiro precisei limpar completamente a ferida que a bala causou, o que fez Ed gemer um pouco. Depois eu peguei a pinça e com muito cuidado fui abrindo o local, pra localizar a bala. Ele começou gemer e mordeu o pedaço de couro, com força. Quando eu estava angustiada pela dor dele, eu finalmente vi a bala. Graças a Deus ela não tinha perfurado o osso. Apenas pegou de raspão. Então fui cuidadosamente retirando a bala de seu ombro, o que causou muita dor. Ele mordeu o couro tão forte que perfurou-o com seus caninos. Depois de tirar a bala, deixei separada em cima de um plástico e comecei a passar o remédio, que fez a ferida arder. Eu estava angustiada, pois não conseguia ver meu irmãozinho sofrer, mas foi preciso ser forte, tanto ele quanto eu. Depois enrolei seu ombro com uma atadura, e disse:

“Pronto. Agora você não vai poder mexer esse braço por um tempo. Como o tiro raspou no osso do ombro, qualquer movimento corre o risco de abrir a ferida. Descanse e relaxe por umas duas semanas. É tudo o que eu peço.” Eu disse, retirando o couro da boca dele.

“Obrigado, mana! Nossa, como isso doeu...” Ele disse, olhando a bala.

“Eu disse que ia doer, não disse?” E olhei a bala. “E pensar que essa coisinha pequena lhe causou tanta dor...” Ed olhou pra mim e disse:

“Mas dou graças a Deus por ter uma irmãzinha médica! He He.” Ele disse olhando pra mim.

“Doeu tanto pra você suportar quanto pra mim tirar a bala... Ver você sofrer dói na minha alma, ao invés de no corpo.” Eu disse, suspirando.

“Desculpe, maninha... Eu te dou tanto trabalho. Talvez se eu não estivesse aqui você não teria tantos problemas por minha causa.” Ed disse, meio triste. Eu olhei pra ele e disse:

“Se você não estivesse aqui, eu teria uma vida chata e monótona que qualquer filha única pode ter. Com vocês eu vivo uma aventura a cada dia, e nunca me sinto sozinha. Que se explodam os problemas! Se estivermos todos juntos, eu aguento qualquer coisa. Mas não vou mentir... Você dá mesmo muito trabalho.” Eu disse e ri. Ele riu comigo e então Al entrou no quarto, e ao ver o braço de Ed limpo e cuidado, ele suspirou de alívio e disse:

“Nii-san! Nee-chan! Que bom que está tudo certo! Quando eu estava terminando de surrar o ladrão, os policiais chegaram. Eles levaram o ladrão e agora ele está preso! Como está o seu braço, Nii-san?” Al olhou para Ed um segundo. Ed sorriu e disse:

“Está ótimo agora. Temos uma boa médica em casa!” Eu sorri e disse:

“Olhe que legal, a Winry cuida do seu braço direito e eu cuido do esquerdo! Ô vida boa!” Ed, Al e eu rimos, e então Al disse:

“Nee-chan, agora que tudo acabou, porque não vamos comprar o livro Poderosa 4, que você queria tanto?” Eu fiquei radiante e disse:

“É sério? Claro! Vamos!” Eu disse, pulando de alegria.

“Vamos!” Disse Ed, levantando da cadeira. Eu olhei para ele e balancei o indicador.

“Na na ni na não! Aonde pensa que vai, mocinho? Eu acabei de dizer que precisa descansar.” Ele olhou pra mim e disse:

“Mas...” Mas Alphonse interrompeu-o.

“Nada de “mas”, vai descansar nem que eu te amarre na cadeira! E nem pense em fugir!” Al e eu rimos, mas Ed olhou pra cima e disse:

“Tá bom, tá bom! Eu fico aqui! Estão felizes agora?” Ed parecia aborrecido. Eu sorri e disse:

“Sim, estamos! Mas você quer alguma coisa da rua? Podemos trazer.”

“Podem trazer um livro pra mim? O nome é Rowan, o guardião. Vou precisar dele pra não morrer de tédio...” Ele disse, suspirando.

“Claro! Voltamos rapidinho! Prometo não demorar.” Eu disse, saindo.

Como eu prometi, nós não demoramos muito. Apenas compramos os livros e voltamos. Quando cheguei, Ed estava jogando Mário Kart, no Playstation 2, então eu sorri e perguntei:

“E aí, maninho, já conseguiu bater o meu recorde?” Ele sorriu e disse:

“Aff, ninguém consegue bater o seu maldito recorde! Só você!” Então eu o desafiei:

“Vamos apostar uma corrida? Eu, você e o Al? Mas não sei se vocês vão conseguir acompanhar o meu ritmo...”

“Ouviu isso, Nii-san? Alguém precisa de uma lição!” Al disse, olhando pra mim. Ed disse:

“Ah é, sabichona? Então vem jogar! Você fala demais.” Ed me deu o Joystick.

Nós passamos a tarde jogando Mário Kart, e eles ainda não conseguiram quebrar o meu recorde! He He. Bom, depois disso já estava tarde e eu fiz uma tala pro Ed, pra ele não mexer o braço enquanto dormia. Ele passou uma noite difícil, e eu pedi pro Al ficar vigiando ele durante a noite, para verificar se acontecia alguma anomalia ou se ele teria febre. Felizmente, nada aconteceu, somente um desconforto natural.

No dia seguinte, de tanto eu insistir, Ed aceitou que eu e o Al o levássemos no médico. Eu não era uma médica profissional, e aquilo que fiz foi só pra uma emergência. Quando chegamos no consultório, eu expliquei a coisa toda ao médico, e ele, logo após examinar timtim por timtim o meu trabalho, ficou surpreso e disse:

“Foi você mesma que fez? Se ele tivesse vindo ao médico, teríamos que aplicar uma cirurgia, o que poderia demorar, mas você foi rápida e precisa, retirando a bala e fechando o local, impedindo uma hemorragia! Estou surpreso com a sua eficiência, mocinha, você tem muito potencial!”

“Ah, não fala assim não que eu fico sem graça!” Eu tinha corado, e Al me cutucou com o cotovelo e disse baixinho pra mim:

“Viu? Eu te disse que você tinha potencial.” E Ed deu uma piscadinha. Eu parecia um tomate, e falei:

“Parem com isso! Vocês estão me deixando vermelha!” E aí até o médico riu da minha cara.

“Bom, acho que não precisaremos engessar, já que não há fratura, mas uma tala será necessária para garantir que ele não mexa o braço.” Então o médico me chamou pra fazer a tala. Minhas mãos começaram a suar, e eu estava parecendo o farol vermelho de um poste. Estava nervosa, porque ninguém nunca me pediu assim de repente pra fazer uma tala. Vendo o meu nervoso, Ed disse:

“Relaxe, maninha. O médico não morde.” Aí aos poucos as minhas mãos pararam de tremer e o meu coração desacelerou consideravelmente. O médico, ao analisar o meu trabalho, disse:

“É mocinha, realmente você tem potencial!” Eu sorri e saímos do consultório.

Nós estávamos caminhando, quando Ed disse:

“Você precisava ver a sua cara! Parecia um tomate!” E começou a rir, e Al disse:

“Sabe, Nee-chan, vermelho é realmente a sua cor!” E riu junto com Ed. Eu sorri e disse:

“Ah, me deixem em paz!” corando de novo.

“Olha só! Tá ficando vermelhinha de novoo!” Ed não parava de me perturbar. Al riu e disse:

“Quando o farol quebrar, vamos usar você pra dizer para as pessoas pararem!” Eles riam e me abusavam. Irmãos... O que fazer com eles?

“Aaaah, me deixem em paz!” Ri e corri na frente, para fugir dos dois que me abusavam.

“Espere, pimentinha!” Ed e Al correram atrás de mim, rindo.

É... Eu não vivo com eles, mas não sobrevivo sem eles... Melhor aturar, mesmo!

Com a palavra: A autora
Eu sinceramente acho que levo muito jeito para medicina, apesar de querer seguir minha carreira como veterinária, e também tenho um palavreado bem evoluído e muito poder de persuasão, como podem ver. Eu nunca pensei no que faria em uma situação urgente como a que bolei em minha história, e descrevi direitinho o procedimento. Acho que estudantes de medicina vão gostar da história (risos). Ser irmã mais velha desses dois é realmente um sonho que amo viver em meu mundo de fantasia. Se não posso viver na vida real, nada me impede de vivê-lo em minhas histórias. Essa é uma das minhas histórias preferidas e gosto de ler e reler ela, e às vezes me pergunto: Fui eu mesma que escrevi isso? (risos)
Sinceramente: Amanda Reis

Música~

 
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